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Associações projetam queda no Dia dos Pais

10/08/2016

DIARIO DO GRANDE ABC

  • Economia

Publicado em quarta-feira, 10 de agosto de 2016 às 08:29 Histórico

Paula Oliveira 
Especial para o Diário

Pesquisa de intenção de compra do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo aponta que a população da região pretende gastar R$ 145 por presente no Dia dos Pais, comemorado domingo. O valor do tíquete médio é 15% menor do que o estabelecido em levantamento do ano passado (deflacionados pelos 8,8% do INPC do último ano), quando a expectativa era de R$ 156. Projeção é a de que circule R$ 60,5 milhões na economia das sete cidades.

Sinal de que o comércio de rua do Grande ABC permanecerá enfraquecido, mesmo diante da data comemorativa. Associações comerciais locais afirmam que há esforço para atrair o consumidor, além de trabalho junto a lojistas para não perderem o otimismo, apesar de as ações dessas entidades representativas serem, na prática, quase que insignificantes.

O diretor adjunto da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Gilberti Faria, espera que o comércio de rua ao menos empate com as vendas do ano passado. “As pessoas ainda não estão fazendo investimentos, estão desempregadas e aos poucos o mercado se restabelece”, comenta. A instituição promove sorteio para consumidores que comprem na cidade, mas não espera efetivamente aumento nas vendas, já que a iniciativa serve principalmente para que o consumidor lembre positivamente do comércio de rua.

 

O presidente da Aciam (Associação Comercial e Industrial de Mauá), Luiz Augusto de Almeida, projeta manter o nível de vendas do ano passado. Devido a problemas com patrocínios, a entidade não faz promoção, mas promete alguma novidade para o Natal, quando aposta em aumento real no movimento.

Já a Aciargs (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Rio Grande da Serra) projeta queda nas vendas, mas orienta as lojas para driblar a crise. “ Na sexta-feira vamos promover um bota-fora para queima de estoque. A gente nota a crise há muito tempo, já tínhamos números abaixo da expectativa”, explica o presidente Noel Horácio.

Ele destaca também que houve mudança no perfil do consumidor. Dessa forma, é necessário que os comerciantes se unam para gerar desenvolvimento no mercado e sugere a criatividade para conseguir alternativas. “Nós investimos na atração do consumidor, damos palestras e cursos, incentivamos o bom atendimento e a fidelidade. Agora, por exemplo, oferecemos cursos para miniempreendedores”, enfatiza Horácio.

O presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Everson Robles Dotto, explica que a queda no mercado é reflexo do pessimismo. “O pessoal está contendo o consumo e tem medo de gastar. A crise gerou insegurança para o mercado”, explica. Para inverter o cenário, a instituição espalhou faixas que recordam a importância do comércio de rua e incentivam as vendas e o consumo nos bairros.

A Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) também aguarda pelo menos estabilidade nas vendas em relação ao ano passado. “A economia não cresce, o consumidor está retraído e não vai às compras porque ele se preocupa mais com a renda individual e familiar”, explica o presidente Valter Moura. A associação também faz palestras de orientação para o vendedor, mas aguarda melhora expressiva no movimento apenas para o fim do ano.

O presidente da Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), Marcelo Menato, projeta queda nas vendas. “Provavelmente será de 10% na região”, comenta.

A ACE (Associação Comercial de Diadema) é a única que espera crescimento, ainda que pequeno: 2%. “A crise pode ser motivadora para transformações. Neste momento o comércio apresenta ações criativas que atraem clientes”, explica a presidente Vera Lucia Rocha. 

Fonte: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2118089/associacoes-projetam-queda-no-dia-dos-pais



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