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À espera da confiança pós-eleições

12/11/2018

Após o Brasil atravessar aquela que foi considerada a pior crise econômica do País e agora com a definição das eleições no segundo turno e as indicações de alguns ministros, as expectativas são de ciclo longo de crescimento à economia brasileira. O que se espera é que o resultado das eleições ajude a solidificar o movimento de recuperação, oferendo mais certezas e garantias no campo econômico.

A Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) avalia positivamente o resultado das eleições presidenciais no segundo turno para o futuro da economia brasileira. A eleição já é passado. Agora, para os analistas, o principal desafio do próximo presidente é corrigir o desequilíbrio fiscal dos cofres públicos, reduzindo gastos e aumentando a eficiência da gestão. A ideia é que medidas assim tornem o País mais atrativo aos investimentos e permitem crescimento sustentável.

Após o resultado das urnas, os índices da Bolsa de Valores de São Paulo subiram, enquanto o dólar caiu. Os juros futuros tendem a descer ainda mais, dando continuidade ao processo de recuo que ocorre desde o primeiro turno. É esperada maior confiança do investidor. Os desafios do próximo governo são grandes. Entre as principais prioridades apontadas estão o ajuste fiscal, as reformas tributária, política e da Previdência, além da construção da base governista.

Ainda conhecido como berço da indústria automotiva, o Grande ABC tem peso preponderante em todos os reflexos econômicos. Em recente evento realizado em São Bernardo, neste semestre, analisando o futuro econômico da região como um todo, vimos que o Grande ABC começa a recuperar o fôlego perdido e teve confirmados no ano passado US$ 3 bilhões em investimentos, o maior valor em uma década.

Do total anunciado, a maioria é do setor automotivo, cujas maiores empresas se concentram em São Bernardo, que responde por grande parcela do PIB (Produto Interno Bruto) da região. É fato também que a região mudou de perfil ao longo das décadas. Hoje, o setor de comércio e serviços responde por mais de 50% do PIB regional e já emprega boa parte da mão de obra. Com isso, é importante que todo o cenário pós-eleições ajude a atrair empresas e a manter as que estão estabelecidas, já que as atividades que trazem emprego e geram renda são as do setor privado.

Assim, continuamos defendendo a livre iniciativa, propugnando por processo de desenvolvimento econômico que priorize o corte de gastos públicos, o combate à desigualdade social, para que a maioria da população mais humilde possa ter melhores serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança e transporte, atingindo-se, assim, melhor qualidade de vida.

Valter Moura é presidente da Acisbec.



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