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Comércio varejista fecha janeiro com queda de 18,4% nas vendas.

02/02/2016

São Paulo, 1º de fevereiro de 2016. O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) referente a janeiro revela uma queda média de 18,4% no movimento de vendas na capital paulista em relação a janeiro de 2015.  

Isoladamente, houve recuos de 17,7% nas transações a prazo e de 19,1% nas vendas à vista. Segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti, esses números representam um aprofundamento da crise que afeta o setor.

“São vários os fatores que têm prejudicado o varejo, mas é importante destacar a crise política e institucional, que magnifica os efeitos da economia e derruba, cada vez mais, a confiança do consumidor e do empresário”, analisa Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

É importante destacar que janeiro de 2016 teve um dia útil a menos em relação a janeiro de 2015 e a dezembro de 2015, o que também contribuiu para quedas acentuadas das vendas. 

De acordo com Burti, o desempenho das vendas a prazo foi influenciado pelo aumento dos juros, pela restrição ao crédito e pela queda da confiança, além da alta do dólar, impactando os produtos importados - ou confeccionados a partir de componentes importados. Outro fator foi o fim dos estímulos fiscais ao setor de informática.

Já as vendas à vista foram prejudicadas pela queda da massa salarial, que limitou o consumo das famílias, e pelo câmbio, já que muitos itens de menor valor e comprados à vista - como os de vestuário – são importados.

“Janeiro e, sobretudo, fevereiro, são tipicamente meses de baixa para o varejo da cidade, que sofre com o êxodo dos paulistanos por conta de férias e Carnaval. Por isso, o empresário precisa planejar suas vendas com cuidado e evitar estoques”, diz Burti.

Comparação mensal

Frente a dezembro - o melhor mês para o comércio varejista - o movimento de vendas no varejo sofreu influência sazonal e caiu 39,1% na média. Os recuos foram de 30,5% nas transações a prazo e de 47,7% nas vendas à vista. 

 

Fonte: Associação Comercial de São Paulo



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